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[Artigo] Fantasia (Mega Drive) --- Amado e Odiado
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[Artigo] Fantasia (Mega Drive) --- Amado e Odiado
FANTASIA
__________________________________________________
Há jogos cujo valor artístico é indiscutível. Logo se tornam clássicos e referências para os novos jogos. Neste tópico vamos tratar de um caso um pouco diferente: um jogo baseado numa obra de arte, Fantasia.
Antes da avaliarmos o jogo, para podermos analisar o que se esperava do game e entender por que chamou tanta atenção, um breve resumo sobre o que representou FANTASIA na trajetória do estúdio de Walt Disney.
O FILME
__________________________________________________
Fantasia surgiu quando a Disney começou a produzir O Aprendiz de Feiticeiro como um curta independente. O resultado ficou tão caro, que o estúdio decidiu seguir o conselho do maestro Leopold Stokowski e criar uma antologia de curtas, para recuperar os gastos originais. Contava com a participação também da Philadelphia Orchestra. Após sucessos anteriores, Walt Disney sonhava alto com esse longa metragem, que considerava na ocasião uma obra-prima de seus estúdios.
Fantasia se inicia com uma breve seção introdutória na qual Deems Taylor fixa a cena; enquanto “Toccata And Fugue In D Minor” do compositor Johann Sebastian Bach começa. Nesse início houve muita experimentação visual com ilustrações bastante inventivas e modernas. Essa parte, executada com extremo talento, mas muito abstrata e ousada, não foi aproveitada no game.
O próximo segmento se trata do famoso balé "The Nutcracker Suite" de Tchaikovsky. O diretor Samuel Armstrong faz um competente trabalho interligando todas as partes individuais do balé em apenas uma peça, com cada uma delas simbolizando uma estação do ano. Tecnicamente, essa parte é brilhantemente executada e impressiona ainda hoje pelo fato de ter sido produzido sem os atuais recursos de computação gráfica.
O terceiro número é o menos audacioso, “O Aprendiz de Feiticeiro” de Paul Dukas. Não por coincidência, é a mais famosa e querida das peças entre o público, sendo que foi o pontapé inicial para a produção de todo o resto do filme. Este é um dos únicos segmentos que retrata exatamente a história idealizada pelo compositor ao escrever a música. Vemos Mickey no papel do feiticeiro afobado que quer aprender seu ofício antes da hora. Ele rouba o chapéu mágico de seu mestre e dá vida a uma vassoura para carregar água em seu lugar. Como resultado de sua preguiça e atrevimento, o camundongo cria algo que não pode controlar.
Fred Moore é o diretor de animação do Mickey neste segmento. É incrível que tenha conseguido convencer Disney a alterar sua personagem mais preciosa. Mickey ganhou olhos muito mais expressivos e um corpo com formas mais flexíveis justamente para interpretar o aprendiz.
A música de “O Aprendiz de Feiticeiro” foi a única não gravada pela orquestra da Filadélfia. Ela foi gravada por uma orquestra formada para uma gravação no antigo Pathe Studios, em Culver City, Los Angeles, por volta de 1938, 1939. Todas as outras composições foram gravadas pela orquestra da Filadélfia, na Filadélfia.
Dos músicos cujas composições foram usadas em FANTASIA, o único vivo na época era Igor Stravinsky, cuja criação "The Rite of Spring" é vista na tela como uma explicação científica da evolução da vida na Terra, desde os primeiros seres microscópicos aos gigantes dinossauros. Stravinsky, que na época disse que a interpretação de Disney era exatamente o que ele havia imaginado, anos depois declarou uma certa descontentação com o desenho, mas isso provavelmente se deve às alterações feitas na música sem sua permissão.
O segundo ato é iniciado com sexta composição de Bethoven, "The Pastoral Simphony", que se trata do segmento mais gracioso. Com seu cenário mitológico, o Monte Olimpo, o elenco de personagens é composto de figuras fantasiosas, como cavalos alados que cortam o céu, sátiros que saltam pelos campos, cupidos e ainda centauros. Curiosamente, a música originalmente escolhida para a peça era "Cydalise" de Pyerné, mas Walt resolveu mudar para Bethoven quando considerou que não fornecia o suporte suficiente para desenvolver a história. Por isso nem sempre a movimentação das personagens pareça sincronizada com a música de fundo.
Após tantas músicas dramáticas, os primeiros bocejos já poderiam começar a surgir. E no momento propício para agitar e preparar todos para o final que se aproximava, "Dance of the Hours" de Ponchielli entra em cena. É uma sátira muito divertida ao balé clássico que representa as horas do dia por um grupo de animais - avestruzes, hipopótamos, elefantes e jacarés. O resultado é hilariante. Um hipopótamo fêmea num tutu insignificante faz piruetas como se não pesasse uma grama. Dança das Horas tornou-se um clássico da animação cômica. Visualmente, o segmento deve muito ao estilo decorativo e ilustrado dos anos 30. Os fundos são extremamente elegantes e aprazíveis (Art Riley, Claude Coats e Ray Huffine levam o crédito junto com os layouts de Ken Anderson e Hugh Hennesy), combinando formas de curvas suaves com um inovador uso de cores.
O grande final de FANTASIA vem na forma da união de duas peças que completam uma à outra. A primeira é "Night on Bald Montain" de Modeste Mussorgsky, ilustrada pelo demônio Chernabog que vive no alto da montanha, e na noite de Hallowen vem atormentar as almas do vilarejo. Esse poderoso desenho se afirma ainda nos dias de hoje como a mais sinistra e adulta obra já produzida pelo estúdio. A maravilhosa animação de Chernabog por Vladimir Tytla ajuda ainda mais a complementar a apresentação.
Interligado com o "Bald Montain", vem a belíssima "Ave Maria" de Franz Schubert, que fecha o filme com os intrincados design de Kay Nielsen e um dos mais extensivos usos da câmera multiplanos.
Mas Fantasia não fez o sucesso esperado, pelo contrário. Surpreendeu a platéia, que esperava algum conto de fadas similar à Branca de Neve. O carismático camundongo aparecia poucos minutos no filme, frustrando os fãs. Enfim, o público não estava preparado para assistir à Fantasia, desejava outra coisa e, pode-se até arriscar a dizer que, em seu lançamento, Fantasia foi um fiasco. Disney ficou muito magoado com o público e jurou não fazer mais arte, mas apenas tentar ganhar dinheiro. Algum tempo depois Bambi era lançado (Argh!)
Agora vamos que interessa:
O JOGO
__________________________________________________
Fantasia é um jogo side-scrolling produzido pela Sega da América e Infogrames, baseado no hoje popular musical da Disney. No game, de single player, o jogador controla o Mickey Mouse durante várias fases na tentativa de coletar as várias notas musicais que de alguma forma sumiram. Cada nível ou obstáculo foi baseado na animação original. Pode-se derrotar os inimigos saltando sobre eles ou, após coletar as bolhas mágicas, usar um disparo mágico. Em cada nível é necessário coletar um determinado número de notas mágicas escondidas para que
o musical de Fantasia ocorra.
Fantasia
Developer: Infogrames
Publisher(: Sega
Release date: 1991
Genre: Platform game
Mode: Single player
Platform: Mega Drive/Genesis
Vamos ver as referências da animação na concepção das fases e cores do game:
CRÍTICA
__________________________________________________
Ao contrário dos tradicionais jogos com personagens Disney para Mega Drive, Fantasia não foi bem sucedido. Talvez até tenha gráficos e sons superiores, em alguns momentos, mas a jogabilidade deixa a desejar.
Apesar de ser um game para Mega Drive, reconhecido por seu processador veloz, Fantasia é lento. Há um atraso sempre que Mickey salta ou dispara os projéteis mágicos. Freqüentemente, no que seria um pulo simples a atingir os adversários que meramente seguem seu caminho, sem qualquer inteligência ou agressividade, Mickey esbarra no inimigo e pronto: energia perdida ou morte de um modo bem frustrante.
Os sons do jogo têm a força das composições dos grandes mestres da música. Talvez pudessem ser um pouco melhor trabalhadas, mas os 16Mb do cartucho não seriam suficientes para muito mais do que foi feito. À parte a trilha sonora brilhante, mas um pouco simplificada, não há sons extras que chamem a atenção. Quase não se ouve outra coisa que não as
músicas.
Os cenários são baseados na animação do cinema, mas com certeza não contam com a mesma inspiração. Chegam, às vezes, a dar a impressão de que o jogo é mal acabado. Só percebemos que certas áreas da tela são buracos que causam danos quando caímos ali. E algumas plataformas em que precisamos subir se confundem com as cores e detalhes do background. Mas na medida do possível, percebe-se uma preocupação em manter a linguagem visual dos atos, suas cores e estilo.
Como agravante está a dificuldade do game, imprópria para o público desse tipo de jogo. Mickey atrai uma legião de fãs, boa parte crianças, que logo se frustram com a fragilidade e limitações de movimento do camundongo, e que não têm paciência para ficar recomeçando o jogo trezentas vezes, após tomar um game over.
Um pouco como o filme original, Fantasia é um produto de que esperamos uma coisa e que nos apresenta outra. A animação do cinema conseguiu se redimir com o tempo, provando que era um material de absoluta qualidade e que foi incompreendida em seu tempo. O game Fantasia parece que não fará esse caminho, embora apareça em diversas listas de melhores jogos de Mega. Com certeza, amado ou odiado, é um jogo marcante.
ELOGIOS EXAGERADOS:
__________________________________________________
As revistas, na época, eram especialistas em gerar expectativas demais sobre jogos comuns. Vejam que fantasia é destaque de capa, com os
dizeres "O Reino encantado em seu videogame" ! Como dizem por aí, seria cômico, se não fosse trágico!
DICAS:
__________________________________________________
Retiradas de: http://portaldosgames.click21.com.br/
Vidas Infinitas:
No mundo 1-2, pegue uma nota musical em cima de uma plataforma e
ganhe uma vida. Vã para a frente até achar uma arca. Pule dentro dela e
volte para o começo da fase. Repita tudo de novo até conseguir nove
vidas.
Vassoura generosa:
No Castelo, pule na primeira vassoura quando ela estiver no canto
esquerdo para fazer aparecer três cristais, duas estrelas e um livro.
Vida e Magia:
No mundo da Terra, entre na primeira caverna. Depois, ande até a
primeira plataforma móvel para fazer aparecer uma nota musical. Pule
na rocha em frente para surgir um livro. Continue em frente para pegar
uma segunda nota. Mate Mickey e repita a operação.
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Há jogos cujo valor artístico é indiscutível. Logo se tornam clássicos e referências para os novos jogos. Neste tópico vamos tratar de um caso um pouco diferente: um jogo baseado numa obra de arte, Fantasia.
Antes da avaliarmos o jogo, para podermos analisar o que se esperava do game e entender por que chamou tanta atenção, um breve resumo sobre o que representou FANTASIA na trajetória do estúdio de Walt Disney.
O FILME
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Fantasia surgiu quando a Disney começou a produzir O Aprendiz de Feiticeiro como um curta independente. O resultado ficou tão caro, que o estúdio decidiu seguir o conselho do maestro Leopold Stokowski e criar uma antologia de curtas, para recuperar os gastos originais. Contava com a participação também da Philadelphia Orchestra. Após sucessos anteriores, Walt Disney sonhava alto com esse longa metragem, que considerava na ocasião uma obra-prima de seus estúdios.
Fantasia se inicia com uma breve seção introdutória na qual Deems Taylor fixa a cena; enquanto “Toccata And Fugue In D Minor” do compositor Johann Sebastian Bach começa. Nesse início houve muita experimentação visual com ilustrações bastante inventivas e modernas. Essa parte, executada com extremo talento, mas muito abstrata e ousada, não foi aproveitada no game.
O próximo segmento se trata do famoso balé "The Nutcracker Suite" de Tchaikovsky. O diretor Samuel Armstrong faz um competente trabalho interligando todas as partes individuais do balé em apenas uma peça, com cada uma delas simbolizando uma estação do ano. Tecnicamente, essa parte é brilhantemente executada e impressiona ainda hoje pelo fato de ter sido produzido sem os atuais recursos de computação gráfica.
O terceiro número é o menos audacioso, “O Aprendiz de Feiticeiro” de Paul Dukas. Não por coincidência, é a mais famosa e querida das peças entre o público, sendo que foi o pontapé inicial para a produção de todo o resto do filme. Este é um dos únicos segmentos que retrata exatamente a história idealizada pelo compositor ao escrever a música. Vemos Mickey no papel do feiticeiro afobado que quer aprender seu ofício antes da hora. Ele rouba o chapéu mágico de seu mestre e dá vida a uma vassoura para carregar água em seu lugar. Como resultado de sua preguiça e atrevimento, o camundongo cria algo que não pode controlar.
Fred Moore é o diretor de animação do Mickey neste segmento. É incrível que tenha conseguido convencer Disney a alterar sua personagem mais preciosa. Mickey ganhou olhos muito mais expressivos e um corpo com formas mais flexíveis justamente para interpretar o aprendiz.
A música de “O Aprendiz de Feiticeiro” foi a única não gravada pela orquestra da Filadélfia. Ela foi gravada por uma orquestra formada para uma gravação no antigo Pathe Studios, em Culver City, Los Angeles, por volta de 1938, 1939. Todas as outras composições foram gravadas pela orquestra da Filadélfia, na Filadélfia.
Dos músicos cujas composições foram usadas em FANTASIA, o único vivo na época era Igor Stravinsky, cuja criação "The Rite of Spring" é vista na tela como uma explicação científica da evolução da vida na Terra, desde os primeiros seres microscópicos aos gigantes dinossauros. Stravinsky, que na época disse que a interpretação de Disney era exatamente o que ele havia imaginado, anos depois declarou uma certa descontentação com o desenho, mas isso provavelmente se deve às alterações feitas na música sem sua permissão.
O segundo ato é iniciado com sexta composição de Bethoven, "The Pastoral Simphony", que se trata do segmento mais gracioso. Com seu cenário mitológico, o Monte Olimpo, o elenco de personagens é composto de figuras fantasiosas, como cavalos alados que cortam o céu, sátiros que saltam pelos campos, cupidos e ainda centauros. Curiosamente, a música originalmente escolhida para a peça era "Cydalise" de Pyerné, mas Walt resolveu mudar para Bethoven quando considerou que não fornecia o suporte suficiente para desenvolver a história. Por isso nem sempre a movimentação das personagens pareça sincronizada com a música de fundo.
Após tantas músicas dramáticas, os primeiros bocejos já poderiam começar a surgir. E no momento propício para agitar e preparar todos para o final que se aproximava, "Dance of the Hours" de Ponchielli entra em cena. É uma sátira muito divertida ao balé clássico que representa as horas do dia por um grupo de animais - avestruzes, hipopótamos, elefantes e jacarés. O resultado é hilariante. Um hipopótamo fêmea num tutu insignificante faz piruetas como se não pesasse uma grama. Dança das Horas tornou-se um clássico da animação cômica. Visualmente, o segmento deve muito ao estilo decorativo e ilustrado dos anos 30. Os fundos são extremamente elegantes e aprazíveis (Art Riley, Claude Coats e Ray Huffine levam o crédito junto com os layouts de Ken Anderson e Hugh Hennesy), combinando formas de curvas suaves com um inovador uso de cores.
O grande final de FANTASIA vem na forma da união de duas peças que completam uma à outra. A primeira é "Night on Bald Montain" de Modeste Mussorgsky, ilustrada pelo demônio Chernabog que vive no alto da montanha, e na noite de Hallowen vem atormentar as almas do vilarejo. Esse poderoso desenho se afirma ainda nos dias de hoje como a mais sinistra e adulta obra já produzida pelo estúdio. A maravilhosa animação de Chernabog por Vladimir Tytla ajuda ainda mais a complementar a apresentação.
Interligado com o "Bald Montain", vem a belíssima "Ave Maria" de Franz Schubert, que fecha o filme com os intrincados design de Kay Nielsen e um dos mais extensivos usos da câmera multiplanos.
Mas Fantasia não fez o sucesso esperado, pelo contrário. Surpreendeu a platéia, que esperava algum conto de fadas similar à Branca de Neve. O carismático camundongo aparecia poucos minutos no filme, frustrando os fãs. Enfim, o público não estava preparado para assistir à Fantasia, desejava outra coisa e, pode-se até arriscar a dizer que, em seu lançamento, Fantasia foi um fiasco. Disney ficou muito magoado com o público e jurou não fazer mais arte, mas apenas tentar ganhar dinheiro. Algum tempo depois Bambi era lançado (Argh!)
Agora vamos que interessa:
O JOGO
__________________________________________________
Fantasia é um jogo side-scrolling produzido pela Sega da América e Infogrames, baseado no hoje popular musical da Disney. No game, de single player, o jogador controla o Mickey Mouse durante várias fases na tentativa de coletar as várias notas musicais que de alguma forma sumiram. Cada nível ou obstáculo foi baseado na animação original. Pode-se derrotar os inimigos saltando sobre eles ou, após coletar as bolhas mágicas, usar um disparo mágico. Em cada nível é necessário coletar um determinado número de notas mágicas escondidas para que
o musical de Fantasia ocorra.
Fantasia
Developer: Infogrames
Publisher(: Sega
Release date: 1991
Genre: Platform game
Mode: Single player
Platform: Mega Drive/Genesis
Vamos ver as referências da animação na concepção das fases e cores do game:
CRÍTICA
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Ao contrário dos tradicionais jogos com personagens Disney para Mega Drive, Fantasia não foi bem sucedido. Talvez até tenha gráficos e sons superiores, em alguns momentos, mas a jogabilidade deixa a desejar.
Apesar de ser um game para Mega Drive, reconhecido por seu processador veloz, Fantasia é lento. Há um atraso sempre que Mickey salta ou dispara os projéteis mágicos. Freqüentemente, no que seria um pulo simples a atingir os adversários que meramente seguem seu caminho, sem qualquer inteligência ou agressividade, Mickey esbarra no inimigo e pronto: energia perdida ou morte de um modo bem frustrante.
Os sons do jogo têm a força das composições dos grandes mestres da música. Talvez pudessem ser um pouco melhor trabalhadas, mas os 16Mb do cartucho não seriam suficientes para muito mais do que foi feito. À parte a trilha sonora brilhante, mas um pouco simplificada, não há sons extras que chamem a atenção. Quase não se ouve outra coisa que não as
músicas.
Os cenários são baseados na animação do cinema, mas com certeza não contam com a mesma inspiração. Chegam, às vezes, a dar a impressão de que o jogo é mal acabado. Só percebemos que certas áreas da tela são buracos que causam danos quando caímos ali. E algumas plataformas em que precisamos subir se confundem com as cores e detalhes do background. Mas na medida do possível, percebe-se uma preocupação em manter a linguagem visual dos atos, suas cores e estilo.
Como agravante está a dificuldade do game, imprópria para o público desse tipo de jogo. Mickey atrai uma legião de fãs, boa parte crianças, que logo se frustram com a fragilidade e limitações de movimento do camundongo, e que não têm paciência para ficar recomeçando o jogo trezentas vezes, após tomar um game over.
Um pouco como o filme original, Fantasia é um produto de que esperamos uma coisa e que nos apresenta outra. A animação do cinema conseguiu se redimir com o tempo, provando que era um material de absoluta qualidade e que foi incompreendida em seu tempo. O game Fantasia parece que não fará esse caminho, embora apareça em diversas listas de melhores jogos de Mega. Com certeza, amado ou odiado, é um jogo marcante.
ELOGIOS EXAGERADOS:
__________________________________________________
As revistas, na época, eram especialistas em gerar expectativas demais sobre jogos comuns. Vejam que fantasia é destaque de capa, com os
dizeres "O Reino encantado em seu videogame" ! Como dizem por aí, seria cômico, se não fosse trágico!
DICAS:
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Retiradas de: http://portaldosgames.click21.com.br/
Vidas Infinitas:
No mundo 1-2, pegue uma nota musical em cima de uma plataforma e
ganhe uma vida. Vã para a frente até achar uma arca. Pule dentro dela e
volte para o começo da fase. Repita tudo de novo até conseguir nove
vidas.
Vassoura generosa:
No Castelo, pule na primeira vassoura quando ela estiver no canto
esquerdo para fazer aparecer três cristais, duas estrelas e um livro.
Vida e Magia:
No mundo da Terra, entre na primeira caverna. Depois, ande até a
primeira plataforma móvel para fazer aparecer uma nota musical. Pule
na rocha em frente para surgir um livro. Continue em frente para pegar
uma segunda nota. Mate Mickey e repita a operação.
Edineilopes- Recém chegado
- Mensagens : 14
Data de inscrição : 24/02/2013
Idade : 47
Re: [Artigo] Fantasia (Mega Drive) --- Amado e Odiado
Infelizmente nunca tive a oportunidade de jogar esse jogo, assim como os outros jogos da Disney para Mega, não cheguei nem a jogar o Quackshot, mas um dia gostaria de jogar esses clássicos, pois só joguei alguns de SNES
Odin- Moderador
- Mensagens : 3786
Data de inscrição : 05/03/2010
Idade : 38
Localização : Palácio Valhalla - Asgard
Re: [Artigo] Fantasia (Mega Drive) --- Amado e Odiado
Muito bom o review
Bayaccu- Participativo
- Mensagens : 33
Data de inscrição : 06/02/2013
Idade : 45
Localização : ???/Sp
Re: [Artigo] Fantasia (Mega Drive) --- Amado e Odiado
Excelente matéria, nota 10...
Toadjbp- Moderador
- Mensagens : 1052
Data de inscrição : 25/10/2011
Idade : 43
Localização : São Paulo
Re: [Artigo] Fantasia (Mega Drive) --- Amado e Odiado
Valeu, pessoal.
Embora tenha falado mal, tenho muito carinho por este título do Mega (na época demorei um pouco para comprar o videogame e esperei muito para poder jogar este game).
Embora tenha falado mal, tenho muito carinho por este título do Mega (na época demorei um pouco para comprar o videogame e esperei muito para poder jogar este game).
Os do Mega, feitos pela Sega, eram muito bons (Castle of Illusion, Quack Shot e World of Illusion). O fantasia nem tanto, mas foi feito pela Infrogames.Odin escreveu:Infelizmente nunca tive a oportunidade de jogar esse jogo, assim como os outros jogos da Disney para Mega, não cheguei nem a jogar o Quackshot, mas um dia gostaria de jogar esses clássicos, pois só joguei alguns de SNES
Edineilopes- Recém chegado
- Mensagens : 14
Data de inscrição : 24/02/2013
Idade : 47
Re: [Artigo] Fantasia (Mega Drive) --- Amado e Odiado
Tópico muito foda com estilo outerspaceano de ser
+REP
Jogava muito bem Fantasia no passado, mas a frustração é exatamente no ponto que você mencionou. A jogabilidade, mas como todo o jogo, depois que se acostuma com suas falhas fica tudo perfeito
Realmente o jogo é dificil pra cacete. Eu nunca terminei, mas vale a pena experimentar.
Por curiosidade, tenho essa revista que você mencionou no tópico intacta
Cara. Vou te dizer. Não sabe o que esta perdendo
Quackshot tem um padrão altamente elevado, mesmo para os padrões de hoje. Bota qualquer Ação/Plataforma das ultimas gens pra pagar peitinho fácil fácil
+REP
Jogava muito bem Fantasia no passado, mas a frustração é exatamente no ponto que você mencionou. A jogabilidade, mas como todo o jogo, depois que se acostuma com suas falhas fica tudo perfeito
Realmente o jogo é dificil pra cacete. Eu nunca terminei, mas vale a pena experimentar.
Por curiosidade, tenho essa revista que você mencionou no tópico intacta
Odin escreveu:Infelizmente nunca tive a oportunidade de jogar esse jogo, assim como os outros jogos da Disney para Mega, não cheguei nem a jogar o Quackshot, mas um dia gostaria de jogar esses clássicos, pois só joguei alguns de SNES
Cara. Vou te dizer. Não sabe o que esta perdendo
Quackshot tem um padrão altamente elevado, mesmo para os padrões de hoje. Bota qualquer Ação/Plataforma das ultimas gens pra pagar peitinho fácil fácil
Re: [Artigo] Fantasia (Mega Drive) --- Amado e Odiado
Eu amava, aliás, AMO até hoje este jogo!!! A jogabilidade não era nota 10, dou um 7,5 , sendo bem severo, ou um 8,9 sendo condescendente.
Tive o cartucho na época do lançamento, e simplesmente amei este jogo, e o guardava junto com os outros Disney para Mega Drive! Eram cinco fases, e conseguia chegar até o final do jogo, com todas as notas musicais, toda vez que jogava.
Além da jogabilidade não ser nota 10, o som, por pura culpa da quantidade de canais de áudio máxima que o Z-80 processava neste hardware, às vezes falhava quando tinha que ceder canais de áudio para processar efeitos onomatopéicos, prejudicando o andamento da música por todo o resto da fase (falha na implementação de um algoritmo mais sagaz, ou seja, culpa da equipe responsável pelo processamento do áudio).
Fora isso, para um cartucho de 4 MegaBits (512 MegaBytes) de memória, o jogo é, numa observação muito particular, maravilhoso!!! É Fantasia da Disney, minha gente!
Então, entre odiado e amado, Fantasia é, para mim, infinitamente amado!!!
Tive o cartucho na época do lançamento, e simplesmente amei este jogo, e o guardava junto com os outros Disney para Mega Drive! Eram cinco fases, e conseguia chegar até o final do jogo, com todas as notas musicais, toda vez que jogava.
Além da jogabilidade não ser nota 10, o som, por pura culpa da quantidade de canais de áudio máxima que o Z-80 processava neste hardware, às vezes falhava quando tinha que ceder canais de áudio para processar efeitos onomatopéicos, prejudicando o andamento da música por todo o resto da fase (falha na implementação de um algoritmo mais sagaz, ou seja, culpa da equipe responsável pelo processamento do áudio).
Fora isso, para um cartucho de 4 MegaBits (512 MegaBytes) de memória, o jogo é, numa observação muito particular, maravilhoso!!! É Fantasia da Disney, minha gente!
Então, entre odiado e amado, Fantasia é, para mim, infinitamente amado!!!
Pixel Art- Muito experiente
- Mensagens : 547
Data de inscrição : 19/08/2011
Idade : 29
Localização : BITland
Re: [Artigo] Fantasia (Mega Drive) --- Amado e Odiado
Eu demorei um pouco para jogar, não tinha Mega Drive ainda na época do Lançamento. Mas joguei na locadora no lançamento e fiquei impressionado com o visual (também, né, tava acostumado com os gráficos do Master System...).Pixel Art escreveu:Eu amava, aliás, AMO até hoje este jogo!!! A jogabilidade não era nota 10, dou um 7,5 , sendo bem severo, ou um 8,9 sendo condescendente.
Tive o cartucho na época do lançamento, e simplesmente amei este jogo, e o guardava junto com os outros Disney para Mega Drive! Eram cinco fases, e conseguia chegar até o final do jogo, com todas as notas musicais, toda vez que jogava.
(...)
Então, entre odiado e amado, Fantasia é, para mim, infinitamente amado!!!
Se bem que o jogo é bonito até hoje.
A animação então, nem se fala. Não consigo imaginar como fizeram algumas cenas sem computador.
Edineilopes- Recém chegado
- Mensagens : 14
Data de inscrição : 24/02/2013
Idade : 47
Re: [Artigo] Fantasia (Mega Drive) --- Amado e Odiado
Fantasia foi um jogo que tinha muitas expectativas após jogar Castle of Illusion.
Acho que esse foi um dos primeiros casos de Hype em minha vida após ler a matéria da Supergame 2 na época.
Em 1991 me lembro que até aluguei o desenho em VHS para entrar no clima.
Só pude jogá-lo em 1992 e não curti muito o jogo por causa de seu controle mas admito que seus gráficos ficaram bonitos.
Acho que esse foi um dos primeiros casos de Hype em minha vida após ler a matéria da Supergame 2 na época.
Em 1991 me lembro que até aluguei o desenho em VHS para entrar no clima.
Só pude jogá-lo em 1992 e não curti muito o jogo por causa de seu controle mas admito que seus gráficos ficaram bonitos.
Re: [Artigo] Fantasia (Mega Drive) --- Amado e Odiado
Excelente! Fantasia não é tudo o que parecia, infelizmente não é tão magnífico quanto Castle of Illusion e Quackshot, talvez se Fantasia também tivesse ficado nas mãos da AM7 as coisas teriam sido diferentes...
Re: [Artigo] Fantasia (Mega Drive) --- Amado e Odiado
Pois é, se tivesse ficado na mão da Sega seria tão bonito quanto e poderíamos contar com jogabilidade de primeira.
Edineilopes- Recém chegado
- Mensagens : 14
Data de inscrição : 24/02/2013
Idade : 47
Re: [Artigo] Fantasia (Mega Drive) --- Amado e Odiado
Eu devo ser um dos que ODIARAM esse jogo...
Posso explicar meu ponto de vista?
Na época do lançamento desse jogo, eu havia acabado de ir no cinema (na época, o 'falecido' Cine Frida, que ficava na Av. Goiás, no centro de Goiânia) para ver o filme (era remasterizado) e, realmente! Houve partes que eu simplesmente fiquei chocado em ver tais 'áreas'. Parece que eu estava vendo poesia pura flutuando no ar!
INFELIZMENTE, como o buraco é BEM mais embaixo...
O restante do público pagante, NÃO FOI COM A CARA e ficava vaiando, jogando @$%¨@&)#$ na tela e gritando! Se não foi daí que começaram a chamar o brasileiro de macaco....
Bom, ao sair do cinema, maravilhado com o que havia visto, me lembrei de que Fantasia (o game) estava reservado pra mim na locadora.
Chegando lá, eu aluguei o jogo e, ao chegar em casa....
Removo o jogo anterior (Castle of Illusion) e ligo o videogame no TALO do volume (usando fones). AO OUVIR A TRAGÉDIA MUSICAL, simplesmente fiquei assustado pensando: "Poxa, não imaginava isso. Mas acho que a música do primeiro estágio é fraca. Vamos ver mais pra frente."
Ledo engano.
A jogabilidade, mais entruncada do que nunca, me forçava a parar de jogar, enquanto que a música martelava os meus tímpanos 'dicumforça'. Pensei várias vezes em desligar o jogo e tentar ir na locadora trocar o cartucho, mas forcei a barra, até chegar na 3ª fase (onde temos que sair pulando em cima de vitórias-régias). Daí, não consegui mais! Será que era algo relacionado com o vestido do Mickey?
Bom, o caso é que, depois dessa época, eu nunca mais joguei o jogo (e tenho um cartucho de dois jogos do MD que tem o Fantasia, mas não tenho a coragem de tentar de novo. Quem sabe....)
Posso explicar meu ponto de vista?
Na época do lançamento desse jogo, eu havia acabado de ir no cinema (na época, o 'falecido' Cine Frida, que ficava na Av. Goiás, no centro de Goiânia) para ver o filme (era remasterizado) e, realmente! Houve partes que eu simplesmente fiquei chocado em ver tais 'áreas'. Parece que eu estava vendo poesia pura flutuando no ar!
INFELIZMENTE, como o buraco é BEM mais embaixo...
O restante do público pagante, NÃO FOI COM A CARA e ficava vaiando, jogando @$%¨@&)#$ na tela e gritando! Se não foi daí que começaram a chamar o brasileiro de macaco....
Bom, ao sair do cinema, maravilhado com o que havia visto, me lembrei de que Fantasia (o game) estava reservado pra mim na locadora.
Chegando lá, eu aluguei o jogo e, ao chegar em casa....
Removo o jogo anterior (Castle of Illusion) e ligo o videogame no TALO do volume (usando fones). AO OUVIR A TRAGÉDIA MUSICAL, simplesmente fiquei assustado pensando: "Poxa, não imaginava isso. Mas acho que a música do primeiro estágio é fraca. Vamos ver mais pra frente."
Ledo engano.
A jogabilidade, mais entruncada do que nunca, me forçava a parar de jogar, enquanto que a música martelava os meus tímpanos 'dicumforça'. Pensei várias vezes em desligar o jogo e tentar ir na locadora trocar o cartucho, mas forcei a barra, até chegar na 3ª fase (onde temos que sair pulando em cima de vitórias-régias). Daí, não consegui mais! Será que era algo relacionado com o vestido do Mickey?
Bom, o caso é que, depois dessa época, eu nunca mais joguei o jogo (e tenho um cartucho de dois jogos do MD que tem o Fantasia, mas não tenho a coragem de tentar de novo. Quem sabe....)
Pegasuskyu- Colaborador
- Mensagens : 553
Data de inscrição : 11/10/2011
Idade : 50
Localização : Goiânia (Back to my roots...)
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